domingo, 17 de outubro de 2010

Pelotas, 08 de outubro de 2010.
Do candidato a Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul,
Cláudio Insaurriaga – CURURU- 4320
À Comissão Executiva Nacional Partido Verde
Manifesto de inconformidade
Venho através deste, manifestar minha inconformidade pelo tratamento que recebi da Comissão Executiva Estadual do PV/ RS, nesta eleição de 2010.
Em primeiro lugar, gostaria de relatar meu histórico como ecologista.
Em 1976 sai de Pelotas e fui morar no Rio de Janeiro, no Município de Magé, que pega parte da Serra dos Órgãos, como Pé de Serra e o fundo da Bahia de Guanabara, com a região dos Manguezais. Em Magé assumi junto com o ecologista Radamés Marzullo a função de secretario geral da AMMA- Associação Mageense de Proteção ao Meio Ambiente e passei a desenvolver atividades ecológicas como: Projeção de filmes ecológicos e plantio de arvores junto com as crianças nas escolas, palestras em diversos locais sobre Meio Ambiente e Proteção Ambiental, além de um combate permanente ao desmatamento ilegal no Município de Magé.
No final do ano de 1982, faleceu meu pai na cidade de Pelotas o que me fez retornar para casa para confortar minha mãe. Já em Pelotas, junto com um grupo de ecologistas fundamos a APPAM - Associação Pelotense de Proteção Ambiental, onde assumi a presidência e desenvolvemos dezenas de atividades ecológicas durante oito anos, entre as atividades foram organizados quatro encontros ecológicos estaduais na cidade, dezenas de plantios de arvores em escolas e na colônia, junto aos agricultores, reflorestando florestas nativas, margens de rios e riachos, por varias vezes realizamos mutirões de limpeza da praia do Laranjal, conscientizando a população sobre limpeza urbana; este trabalho teve repercussão tão positiva na cidade, que em 1985 fui convidado à fazer parte do COMPAM- Conselho Municipal de Proteção Ambiental, e em 1986 fui eleito Presidente do Conselho, em um mandato de dois anos.
Atualmente, há dois anos passados, quando era vereador tive meu mandato caçado, em uma ação política suja praticada pelos vereadores corruptos e desonestos da Câmara Municipal de Pelotas, fui então convidado pelo Prefeito de nosso Município para assumir a Direção do Horto Municipal, aceitei o desafio e passei os dois últimos anos produzindo milhares de mudas de árvores para distribuição gratuita a população e plantando centenas de árvores nas praças, calçadas e espaços públicos em nosso Município, somando o trabalho realizado por mim em Magé no Rio de Janeiro e em Pelotas no Rio Grande do Sul, tenho muito orgulho de já ter promovido o plantio de mais de vinte mil arvores em solo brasileiro, portanto, não sou um ecologista de discurso, sou um ecologista de pratica intensa e permanente, e é justamente por isto que me filiei ao Partido Verde.
Quanto a minha trajetória política, participei do Partido dos Trabalhadores durante 13 anos, (1986 á 1999), tendo sido candidato a Vereador pelo PT em 1987.
Em 1999 o PT começou a bater de frente com a contradição e a praticar vícios políticos, em que anteriormente o partido era radicalmente contra, e decepcionado solicitei minha desfiliação.
Em 2004, o PFL, partido com o qual nunca tive nenhuma afinidade política, foi o único a me convidar para concorrer a vereador, em meio a tantas desilusões com os partidos políticos decidi aproveitar a oportunidade e usar o PFL para tentar ser vereador, fiz uma campanha simples, gastando apenas R$ 680,00 (seiscentos e oitenta reais) e andando de bicicleta pela cidade, porém com uma propaganda folclórica na televisão, que se transformou em manchete nacional, tendo sido transmitida no encerramento do Programa Fantástico da Rede Globo; fiz 4643 votos e fui eleito vereador de Pelotas, recebi mídia total em nosso País, tendo inclusive aparecido em página inteira no Correio Brasilense, destacado como fenômeno eleitoral de marketing inovador.
Em 2006 fui candidato a Dep. Federal, gastei em torno de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e mais uma vez pesou a propaganda na televisão, que fez com que eu recebesse 21 mil votos, ficando como terceiro suplente de uma coligação de vários partidos. Ao final desta eleição de 2006, conclui que era hora de deixar o PFL e entrar no Partido Verde, com o qual tenho total afinidade e identificação.
Em 2008, após tres anos e meio, de uma atividade parlamentar impecável, com o combate a corrupção, ao nepotismo e a malandragem de meus colegas vereadores, pratiquei um ato religioso na Tribuna da Câmara e a maioria dos vereadores que eram meus desafetos, em função de que fiz varias denuncias ao Ministério Publico e a imprensa sobre irregularidades praticadas pelos colegas, os mesmos decidiram que o ato religioso foi falta de decoro parlamentar, e praticaram uma cassação política suja, cheia de irregularidades e inclusive inconstitucional, a cassação na verdade não teve o objetivo de corrigir a falta de decoro e sim de interromper a carreira política de um novo líder do povo que surgia com muita força.
Mesmo tendo sido caçado consegui concorrer a reeleição para vereador pelo PV, tendo feito 6 mil votos, sendo o segundo mais votado nas eleições de 2008 em Pelotas - RS.
Agora em 2010, decidi concorrer a Deputado Federal com o objetivo de contribuir com o partido tentando abrir espaço na Bancada Federal para o RS, e o tratamento que recebi da Executiva Estadual foi desleal e discriminatório; sou um candidato atípico, pois sou artista e fui apresentador de programas de televisão e o meu ponto forte é justamente a comunicação com povo, através da televisão, e vejam que todos os partidos usam o seu melhor puxador de votos com mais destaque, justamente para conseguir mais votos para a legenda., e o PV aqui no RS fez justamente ao contrario, me escondeu o máximo que pode, primeiro decidiram que nenhum candidato a Deputado Federal e Estadual falaria e sim apenas apareceria com foto e a voz de um narrador que falaria o nome e o número do candidato, este é o pior formato de propaganda eleitoral que existe, é chamado entre os marketeiros de mídia suicida que não elege ninguém, ai a Executiva dividiu os 34 candidatos em duas fitas de 17 e estranhamente durante as duas primeiras semanas divulgaram a fita que eu, Cururu não estava, e somente após os primeiros 15 dias é que entrou o Cururu, no meio da fita e com o tempo menor que os demais candidatos, 2 segundos. Lamentavelmente todas essa decisões foram tomadas sem a participação dos candidatos o que é um absurdo, isto nem os piores partidos políticos fazem com seus candidatos, não houve democracia nenhuma no encaminhamento das eleições 2010 aqui no RS, eu tentei varias vezes reverter esse suicídio político praticado pela Executiva Estadual, mas não fui ouvido, portanto em minha opinião a Executiva Estadual é a responsável pelo fracasso político eleitoral do Partido Verde no RS.
Devido a todos esses fatores negativos acontecidos na eleição de 2010 aqui no RS, só me resta dizer que minha motivação para continuar no PV não existe mais, a menos que a Executiva Nacional tome uma providencia rápida no sentido de mudar as pessoas que estão dirigindo o Partido Verde e retomar o caminho da plena democracia na construção do Partido.

Segue meu telefone para contato: 53 84226532 - CURURU